quarta-feira, 27 de outubro de 2010

EU, FORMADORA ELENA ENTREGANDO UMA LEMBRANCINHA PELA PARTICIPAÇÃO DAS PROFESSORAS ADENIR E BEATRIZ NO CASO DE SUCESSO DA ESCOLA HONÓRIO


ADENIR ANTONIA ENTREGANDO A LEMBRANCINHA À COORDENADORA MARIA DE FÁTIMA PELO APOIO RECEBIDO PARA SUA PARTICIPAÇÃO AO II ETEC

BEATRIZ ENTREGANDO A LEMBRANCINHA À COORDENADORA MARIA DE FÁTIMA PELO APOIO RECEBIDO PARA SUA PARTICIPAÇÃO AO II ETEC

EU, FORMADORA ELENA ROQUE AGRADECENDO E PARABENIZANDO A COORDENADORA PEDAGÓGICA MARIA DE FÁTIMA PELO TRABALHO QUE A ESCOLA VEM DESENVOLVNDO

AS PROFISSIONAIS DA ESCOLA HONÓRIO QUE APRESENTARAM TRABALHO NO II ETEC: NAYARA, FABIANI, VERÔNICA ELENA

PROFESSORA ADENIR

PROFESSOA FABIANI AO LADO DO SEU PÔSTER
PROFESSORA ADENIR ANTONIA RESPONSÁVEL PELO PROJETO JORNALÍSTICO IMPRESSO.

PROJETO MINHOCÃO APRESENTADO PELOS ALUNOS E ALUNAS DA ESCOLA HONÓRIO.

PROFESSORA BEATRIZ RESPONSÁVEL PELA EXECUSSÃO DO PROJETO FOLCÓRICO E DO JORNALISMO TELEVISÍVEL.
ESTUDANTES APRESENTANDO                                                                                                                                           TRABALHOS

ESSES SÃO OS PESCADORES DA LENDA DO MINHOCÃO

AS LAVADEIRAS DA LENDA DO MINHOCÃO

O MINHOCÃO ATACANDO OS PESCADORES

O MINHOCÃO

PESCADOR ATACADO PELO MINHOCÃO

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A PRESENÇA DA ESCOLA HONÓRIO RODRIQUES DE AMORIM NO IIETEC-ENCONTRO DE TECNOLOGIA, EDUCAÇÃO E CURRÍCULO

           Nos dias 17, 18 e 19 de outubro aconteceu no Hotel Fazenda Mato Grosso em Cuiabá MT o II ETEC-Enconto de tecnologia, Educação e Currículo organizado e coordenado pelo CEFAPRO/Cuiabá e SEDUC MT, o qual teve presença do Director for New Ventures de Washington Dr. Eric Rusten, do Diretor de Educação à Distância da Universidade Anhanguera-Uniderp José Manuel Moran e do Oficial de Projetos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) Adauto Cândido Soares.
            Foi um evento de peso para a Educação Matogrossense, pois contou com apresentação de enúmeros trabalhos desenvolvidos por profissionais do estado todo e de outros estados também e que já deram certo.
            Nesse contexto, a Escola Honório não podia deixar de apresentar o trabalho que vem desenvolvendo com seu (suas) estudantes no seu cotidiano, envolvendo tecnologias e capazes de motivar à aprendizagem. 
           A escola é coordenada pela professora Maria de Fátima e Silva, diretora Rosiney Pereira Leite e uma equipe de profissionais interessados em desenvolver um ensino de qualidade. A escola trabalha em equipe, onde todos independentes da função participa do dia a dia escolar. Claro que não é só mar de rosas, como todas as escola Honório também tem sua problemática, porém a superação acontece com a união da equipe escolar e tudo se resolve. O importante é que estudantes são valorizados e reconhecidos como pessoas capazes de aprender, fazer e ser que realizam pesquisas, elaboram conceitos e apresentam resultados atitudinais. 
           Diante dessa realidade, a escola mostrou no evento II ETEC alguns dos trabalhos que vem desenvolvendo com a participação das professoras Vrônica Elena, Fabiane Moya, professor Rodrigo, técnica de laboratório Nayara que apresentaram comunicação oral e pôster; professoras Adenir Antonia e Beatriz Pereira que apresentaram o Caso de Sucesso com os (as) estudantes do terceiro ano do Ensino Médio que apresentaram o teatro A Lenda do Minhocão e o Jornal Televisivo HRA com o depoimento do aluno Gabriel em relação à satisfação que sentem enquanto estudantes dessa escola.
          Na oportunidade enquanto formadora do CEFAPRO/Cuiabá que acompanha a escola quero parabenizar a todos po esse trabalho bacana, pelo trabalho em equipe e agradecer imensamente à coordenadora Fátima que está sempre participando com a equipe e colaborando em todos os momentos para que sejam realizadas essas ações, inclusive durante o encontro que organizou umhorário especial para que os (as) profissionais participassem sem a preocupação de pagar substituto e para que os (as) estudantes que ficaram na escola não ficassem sem aulas durante esses dois dias. Parabéns professora Fátima.
        Agradecemos também a diretoa Rosiney por conceder a oportunidade desse grupo de pessoas se fazerem presentes nos três dias do encontro, concedendo ônibus para transportar os (as) estudantes e concordando com o horário organizado pela coordenação. Obrigada professora Rosiney.
        Parabéns e obrigado aos (às) estudantes que tiveram uma participação excelente no evento em que foram bastante comentados pela excelente participação, vocês são maravilhosos!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

PONTOS DETERMINANTES FORAM LEVANTADOS NO ENCERRAMENTO DO PROJETO SALA DE PROFESSOR NA ESCOLA SALIM NADAF
Formadora Elena Roque


O processo de desenvolvimento da prática do projeto Sala de Professor na Escola Salim Nadaf, oportunizou aos professores situações com as quais a escola ainda não possuía tranqüilidade em lidar.

Inicialmente, foi realizada através do grupo de discussões e debates, uma reflexão com o grupo de professores e do eixo administrativo sobre a política de ensino Ciclo de Formação Humana, para detectar as dificuldades mais acentuadas que afetam o desempenho geral dos profissionais dessa Unidade Escolar.

Nessa oportunidade, foi constatada a situação de conteúdos desarticulados, incompletos, desestruturados e incompatíveis com a disciplina ministrada. Dentro desse quadro de precariedade, foi organizada uma série de atividades articuladas com as áreas de conhecimento que compõem o currículo escolar, as quais resultaram na realização de modificações e tomadas de decisões quanto aos procedimentos metodológicos. Com debates, palestras e reflexão conjunta, tanto os (as) professores (as) organizados por currículo por atividades como os (as) profissionais do eixo administrativo, puderam rever suas práticas metodológicas, incluindo também, possibilidades de utilização de atividades motivadoras de aprendizagem.

Cabe mencionar ainda, que durante o período de desenvolvimento do projeto, os (as) professores também puderam rever suas práticas pelo constante esforço demonstrado em articular os procedimentos da metodologia com o universo mais amplo da aprendizagem. Isso foi possível graças à compreensão de todos em incluir na sua vida profissional a concepção crítico-reflexivo como pressuposto que atribui à formação do educador, a qualidade de auxiliar a sua autonomia na dinâmica de formação "auto- participativa". Nesse contexto, os professores reviram a sua prática, articulando os procedimentos da metodologia com o universo mais amplo da escola.

Ressaltamos que o desenvolvimento da compreensão dos mesmos sobre o seu trabalho pedagógico, a partir da visão interdisciplinar do conhecimento, se processou de forma bastante tímida. Os professores reconhecem a importância de romper com as posições pedagógicas cartesianas para fazerem dialeticamente a relação necessária entre as disciplinas que compõem o currículo escolar e a realidade concreta da vivência do aluno, porém compreendem que precisam caminhar ainda muito nessa direção.

Tentamos passar aos (às) professores (as) a importância do ato reflexivo no dinamismo da prática pedagógica através da reflexão conjunta durante toda a realização do trabalho em oposição à racionalidade técnica. A proposta de trabalho conjunto dos (das) professores (as) e o desenvolvimento das atividades planejadas de forma integradas , foram situações concretas com as quais esses (as) profissionais procuraram lidar, para aos poucos, consolidarem o hábito de trabalhar de forma mais orgânica. A compreensão da necessidade de romper com as tendências fragmentadas e desarticuladas do modo de conceber o processo de conhecimento ficou evidenciada, uma vez que os professores conseguiram, mesmo com limitações, reelaborar os saberes iniciais em confronto com suas experiências práticas.

Segundo NÓVOA (1992) "a racionalidade técnica do trabalho dos professores como mero aplicadores de valores, normas, diretrizes e decisões político-curriculares, aponta para a importância da reflexão sobre a ação".

Foi por esse viés que tentamos trabalhar a "reflexão-ação", como processo para chegar à visão interdisciplinar do trabalho pedagógico.

Essa compreensão crítica colabora para a superação da desarticulação do conhecimento, que vem colocando o ensino como processo reprodutor de um saber parcelado que muito tem refletido nas relações de trabalho e na predominância da desvinculação do conhecimento do projeto global da educação e da sociedade.

O trabalho compartilhado entre os grupos homogêneos e/ou heterogêneos em torno das áreas do conhecimento predominou ao longo da realização da experiência.

Portanto, a tentativa de buscar um saber mais relacional numa atitude crítica, e "diminuir a compartimentalização de disciplinas autônomas" (FAZENDA,1992:45), foi válida aos professores (as) da escola Salim Nadaf como experiência inicial.

Inter-relacionar conteúdos de matemática, português, história, geografia, etc, em torno de uma temática central, foi uma das atividade mais importantes desenvolvidas para a realização da integração de conhecimentos, dando-se um caráter "interdisciplinar" ao fazer pedagógico daqueles professores, tanto a nível de planejamento como a nível de sala de aula e processo de avaliação.

Consideramos que ser "crítico-reflexivo" no processo pedagógico significa trabalhar os conteúdos das várias disciplinas de forma mais indagadora e não linear.

Assim, utilizando-se da colaboração de vários autores sobre a questão da interdisciplinaridade, pode-se fornecer aos (às) professores (as) os meios que facilitam as dinâmicas de formação "auto-participada".

Nessa perspectiva impõe-se como condição indispensável a conquista da "autonomia".

Quanto ao tópico referente às "relações sociais e humanas", o mesmo foi desenvolvido de várias formas toda vez em que se tocava no assunto da atual política educacional, Ciclo de Formação Humana Primeiro, eram analisados os aspectos básicos, tais como: a situação das relações sociais e humanas na "sociedade tecnológica"; os conceitos de "relacionamento inteligente" e "autoridade negociada" sob a ótica de Anthony Giddens; a comunicação cognitiva e emocional.

Consideramos estes aspectos essenciais porque os mesmos estão relacionados com o "princípio de autonomia", ou seja, as relações entre as pessoas hoje são moldadas tanto pela autonomia psicológica como também pela material, e constituem um dos domínios da chamada "democracia dialógica" (segundo GIDDENS, 1996: 134-138).

Sobre a outra forma, foram abertos espaços para debates nas áreas específicas, principalmente sobre a situação concreta em sala de aula da autoridade negociada e questões da comunicação. Nestes espaços, mais do que sanarem as dúvidas, os professores tiveram a oportunidade de questionar e revisar suas atitudes em termos de relacionamento com os alunos.

No final dos encontros alguns professores (as) afirmaram terem começado o desenvolvimento de novas relações humanas não só com seus alunos, mas também com os colegas. Reconheceram a importância do diálogo na construção de um ambiente democrático, e passaram a deixar de lado o autoritarismo em favor da "autoridade negociada" com seus alunos, através da qual o professor torna-se "um líder de dentro, não um ditador (por mais benevolente que seja) de fora" (DOLL Jr., 1997: 184).

Concluíram também, sobre a necessidade de se trabalhar constantemente essas questões, bem como do papel das mesmas no ambiente escolar num momento em que os aspectos sociais e emocionais estão em evidência, devido a um contexto cuja marca é a racionalidade técnica e conseqüentemente predominam a efemeridade das interações, o estranhamento polido, a desatenção com o outro e o "olhar de ódio" (conforme salienta GIDDENS, 1991: 83-86).



 
 
 
"Teoria e prática caminham no mesmo sentido, são interligadas. Uma não funciona bem sem a outra"
 
 
 
 
 
"O estudo engrandece o ser e enriquece a prática"

"Só os humanos possuem o poder da razão" 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Seguindo em grupo, chega-se ao objetivo almejado"

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O PERFIL DA EQUIPE ESCOLAR DA ESCOLA ESTADUAL HONÓRIO RODRIGUES DE ARRUDA

Elena Roque


RESUMO
Na “era da informação”, os (as) profissionais da escola Honório Rodrigues de Arruda detentores dessa informação tem um lugar de destaque, são profissionais que detêm as informações inovadoras, porém a sociedade tem exigido destes (as) uma adequação às novas necessidades, exigindo que tenham ações pró-ativas e desenvolvam competências e habilidades necessárias para atender essa nova demanda. Através de pesquisa do posicionamento de diversas realidades escolares do estado de Mato Grosso, assim como o de autores e estudiosos renomados da nossa literatura, os (as) profissionais dessa escola traçaram um perfil para que sejam competitivos (as) no mercado de trabalho.

Palavras Chave: Profissional da Educação – habilidades – informação

INTRODUÇÃO

As constantes mudanças sócio-econômicas exigiram, desde o início da civilização de todas as pessoas e profissionais que transformem suas posturas visando adaptarem-se às condições de sua época.

Inicialmente, o objetivo era apenas conhecer a quantidade de conceitos, mas posteriormente, com o desenvolvimento e rápido crescimento social, necessitou-se verificar os ganhos e as perdas oriundas da educação.

Com a revolução industrial, novas informações passaram a ser primordiais, não apenas quanto aos resultados das transações sócio-econômica, mas também com relação aos avanços tecnológicos, à necessidade de novos conhecimentos e os respectivos custos para manutenção destes.

Com o rápido avanço tecnológico, com a divulgação das informações em tempo real e com o advento da globalização, há necessidade que a educação escolar divulgue as informações de forma a facilitar a tomada de decisões.

Por isso, a equipe escolar da escola Honório Rodrigues de Arruda vem se preparando continuamente para entender essa demanda social e participar das inovações de forma consciente visando acompanhar e orientar sua comunidade escolar.

Há algum tempo atrás isso não era uma preocupação profissional pois bastava concluir a graduação, tinha a certeza de que exerceria sua profissão e já teria uma vantagem competitiva no mercado de trabalho.

Porém, atualmente não basta apenas concluir o curso superior, necessita ter características multiprofissionais e estar preparado (a) para a quebra de paradigmas e mudar a forma de agir e interpretar as informações disponíveis.

Nesse contexto, os (as) profissionais da escola Honório, compreendendo essa necessidade, elencaram como uma de suas responsabilidades buscarem através das tecnologias de informação e comunicação (TICs) as operações realizadas na atual sociedade e mostrar a sua comunidade escolar, mais especificamente aos (às) estudantes, se as decisões tomadas e as ações praticadas foram adequadas ou não.

E voltados (as) a essa metodologia esses (as) profissionais se preparam continuamente para atender às necessidades atuais de uma sociedade globalizada.

No atual contexto da sociedade globalizada, com inexistência de fronteiras macroeconômicas e sociais, para entender a nova lógica do desenvolvimento mundial, a rapidez no ritmo das mudanças obriga a escola, profissionais e pais a adaptarem-se em velocidade sem precedentes.

Diante dessa problemática apresentada, o (a) profissional da educação Honório Rodrigues de Arruda mostra-se conhecedor (a) da necessidade e se preocupam em atender a quatro etapas do processo qualificativo: formação acadêmica, experiência prática; competências, habilidades, éticas; e responsabilidade social.
Formação Acadêmica:

Na formação acadêmica dessa Unidade Escolar, são três os agentes envolvidos: a instituição, o (a) professor (a) e o (a) estudante.

Considerando a educação como principal agente e a chave para a formação integral do ser humano que corresponde a um processo inserido no contexto das relações e interesses entre as instituições, estudantes e empresas, que determinam a formação social, priorizam no seu currículo os aspectos psicológicos, filosóficos, políticos, sociológicos e epistemológicos da educação escolar, visando à formação de seres conscientes de sua missão histórica, preparados para agir em grupo e transformar a realidade através de sua própria mudança atitudinal.

A Instituição:

Como responsável pela definição do currículo, a escola Honório Rodrigues de Arruda, segue a política educacional do estado de Mato Grosso, Ciclo de Formação Humana, conscientes ao modelo de sociedade em que está inserida e prepara os (as) profissionais dessa Unidade Escolar para atuar neste contexto.

A integração curricular na escola Honório considera: o cotidiano do aluno, as disciplinas e a ressignificação da realidade, a fim de atender aos valores e contradições da sociedade e a cultura onde está inserida.

Seu currículo corresponde à descrição das ações necessárias para a construção da qualidade do ensino.

Está voltado para capacitar o (a) estudante ao entendimento da realidade e para a construção de novos modos de ver e compreender a realidade.

Tenta-se adequar e servir como ligação entre os objetivos educativos e as práticas sociais e culturais, permitindo a formação adequada ao convívio social.

O Profissional:

Os profissionais independentes da função que ocupa são tidos como orientadores (as) do seu processo de formação.

Essa condição motiva a engajar e conscientizar sobre os objetivos da Instituição e da política educacional ao qual está vinculado (a).

Porém, a seriedade e a dedicação do (da) profissional da educação da escola Honório em desenvolver os programas das disciplinas sob sua responsabilidade são condições precisas para o funcionamento da ferramenta de valor que é o currículo.

O (a) professor (a) como agente do aprendizado deve cuidar da manutenção de suas competências, através de atualizações e cursos de aperfeiçoamento como pós – graduação e formação continuada, desenvolvendo pessoalmente um constante aprimoramento de seus conhecimentos e atuação profissional, o que implica, no desenvolvimento perfeito da comunicação, da capacidade intelectual e da orientação didático-pedagógica.
Com isso, quem ganha é o (a) estudante.

O (a) estudante:

O (a) estudante está sendo preparado (a) para os novos desafios que se seguem a partir do ingresso no ensino fundamental, através dos ensinamentos recebidos ao longo do curso, desenvolvendo competências e habilidades para o desempenho de sua formação.

Está também, sendo sensibilizado (a) de sua responsabilidade no processo de aprendizado, convidado a participar como protagonista, na execução de tarefas, estudos, pesquisas e mudanças de comportamento, visando o aprimoramento cognitivo e intelectual.

Para tanto esse sujeito dispõe-se de oportunidade para atuar ativamente através da dedicação e conscientização de seu futuro papel na sociedade, pois é o produto que a Instituição prepara para que seja absorvido por uma sociedade exigente, dinâmico e competitivo.

Nesse contexto, a organização escolar da escola Honório está sendo participativa e preocupada com a formação para a vida.

Diante dessa compreensão, o (a) estudante recebe toda atenção nas suas dimensões psicológicas (cognitivas e afetivas), cultural e biológica, fato que contribui com a elevação da sua auto-estima que conseqüentemente responde ao processo com melhor desempenho escolar nas avaliações estaduais e nacionais.

Experiência prática:

Ao transpor seus referenciais teóricos, leva vantagem competitiva o (a) profissional que concilia a formação acadêmica à prática da profissão.

A equipe gestora da escola Honório reforça sobre a importância que o (a) profissional da área educacional em executar todas as etapas necessárias ao fornecimento das informações de acordo com a necessidade apresentada por cada estudante, deixando para segundo plano, a visão geral de “minha turma”, tanto que a equipe escolar se reúne para pensar em alguma metodologia capaz de atender a demanda exigida nessa sociedade tecnológica.

Com o avanço tecnológico, o (a) estudante não exerce mais o papel de executor dos conhecimentos transmitidos pelo (a) professor (a), pois os diversos sistemas de informações existentes já executam tal tarefa.

Mesmo assim, é importante que o (a) professor (a), para adquirir a experiência prática necessária, saiba gerar tais informações.

Essa prática auxiliará na interpretação destas, possibilitando ao (à) estudante adquirir experiência e auxiliar nas tomadas de decisões.

A experiência prática também é adquirida no momento em que o (a) estudante se depara com situações que exijam, além dos conhecimentos cognitivos, determinações de procedimentos e prioridades para a tomada de decisões na vida cotidiana.

Para tanto, é importante que no decorrer de sua vida escolar, o (a) professor (a) mantenha contato com as diversas funções existentes em sua profissão, através do seu trabalho.

Sendo conhecedor dessa necessidade é que os (as) profissionais da educação da escola Honório, desenvolvem estudos, pesquisas e experiências técnica e cientificamente.

A preocupação aqui é de manter ativo um currículo inclusivo que trata o (a) estudante como um ser capaz de sentir, ser e fazer.

É nessa expectativa que esses (as) profissionais precisam ter claro alguns conceitos, como esses a seguir.

Competências e habilidades:

Entende-se por competências o conhecimento cognitivo ou científico e por habilidades, a capacidade de transmissão e análise, isto é, contextualização do conteúdo científico.

As competências para o desempenho da profissão de educador, de acordo com as condições atuais da sociedade, devem ser: competências gerais científicas, procedimentais e atitudinais:

A) Competências gerais - envolvem conhecer e entender as correntes pedagógicas, políticas, sociais e culturais de uma forma global;

B) Competências procedimentais - referem-se ao conhecimento do processo operacional da organização em sua área de atuação, através do conhecimento e interação entre o conceito e o grupo organizacional;

C) Competências atitudinais- conhecimento das normas e princípios éticos, serem capaz de desenvolver, analisar e implantar sistemas de informações sociais e de controle pessoal.

As habilidades necessárias são: habilidades de comunicação, habilidades intelectuais e habilidades interpessoais;

A) Habilidades de comunicação - representam a capacidade de problematizar e receber informações com facilidade.

É a defesa de seu ponto de vista, formal e informal, verbal ou escrita de modo a posicionar-se de forma segura e persuasiva perante qualquer pessoa de posição hierárquica, superior ou inferior.

O (a) professor (a) deve ser capaz de escutar atentamente e entender pontos de vistas opostos;

B) Habilidades intelectuais - capacidade de utilizar-se de criatividade para solução de problemas, capacidade de julgamento, discernir prioridades e saber trabalhar sob pressão;

C) Habilidades interpessoais - corresponde à habilidade em trabalhar com pessoas, saber influenciá-las, organizar e delegar tarefas, motivar e desenvolver pessoas e resolver conflitos.

Ética e responsabilidade social:

Muito se tem escrito sobre ética, valores, moral e cultura; todo indivíduo e organizações precisam estar atentos não só às suas responsabilidades sociais e legais, mas também às suas responsabilidades éticas, morais e sociais.

Essa responsabilidade ética corresponde a valores morais específicos.

Valores morais que dizem respeito a crenças pessoais sobre comportamento eticamente correto ou incorreto, tanto por parte do próprio indivíduo quanto com relação a outros.

É dessa maneira que os valores morais e a ética se completam.

A moral pode ser vista como um conjunto de valores e de regras de comportamento que as coletividades, sejam elas nações, grupos sociais ou organizações, adotam por julgarem corretos e desejáveis, ou seja, a melhor maneira de agir coletivamente, o que é bem ou mal, o permitido e o proibido, o certo e o errado, a virtude e o vício.

O (a) profissional da educação deve exercer com ética as atribuições e prerrogativas que lhes são prescritas pelo próprio papel que desempenha, isto é, com a consciência voltada a atender as responsabilidades para com a sociedade enquanto indivíduo.

Somente com condutas pautadas na responsabilidade ética, moral e social é que esse (essa) profissional poderá se desenvolver, principalmente por ser o (a) responsável pela alimentação das informações que os (as) estudantes tomam como base e parâmetro para tomarem suas decisões de investimento ou gestão.

Nesse contexto, é que atua a organização Instituição de Ensino da rede pública estadual Honório Rodrigues de Arruda, do Município de Várzea Grande MT.

Ali, os (as) profissionais da educação desenvolvem um trabalho em equipe, onde o foco principal é o ser humano, preocupando-se em diferenciar o ensino como afirma Perrenoud, 1997.

Considerando que o importante... “É organizar as interações e atividades de modo que cada aluno se defronte constantemente com situações didáticas que lhe sejam mais fecundas” (PERRENOUD, 1997, p. 28)

...“Diferenciação não é sinônimo de individualização do ensino [...] o que acontece é que o acompanhamento e os processos são individualizados” (PERRENOUD, 1997 p. 29).

Nessa visão, essa equipe escolar desenvolve seu currículo utilizando-se da metodologia de Projeto porque nele são registradas as decisões mais concretas de propostas futuristas. Trata-se de uma tendência natural e intencional do ser humano.

Como o próprio nome indica, projetar é lançar para frente, dando sempre a idéia de mudança, de movimento. Projeto representa o laço entre o presente e o futuro, sendo ele a marca da passagem do presente para o futuro. Na opinião de Gadotti. (apud Veiga, 2001, p. 18).

Requer tomada de consciência e respeito às diferenças, direito de se exprimir livremente e de ser ouvida, possibilidade a cada um de serem reconhecidos pelo grupo, quaisquer que sejam suas competências escolares ou seu nível cultural.

As formas de concretizar a diferenciação do ensino podem variar muito de acordo com uma série de fatores: os recursos de que se dispõe o grau de liberdade que se tem o tipo de instituição em que se trabalham as condições de exercício docente, o apoio disponível para o docente.

Diferenciar é, sobretudo, aceitar o desafio de que não existem receitas prontas, nem soluções únicas; é aceitar as incertezas, a flexibilidade, a abertura das pedagogias que são construídas na ação cotidiana (ANDRÉ, 1999, p. 18-22).

Assim, a Instituição Educacional Honório desenvolve a pedagogia das diferenças, que por sua vez, requer uma avaliação formativa porque é uma avaliação que objetiva melhorar a formação; sua preocupação não é classificar, punir ou recompensar, mas ajudar o aluno a aprender.

Para tanto. Desenvolve ações que priorizam a participação dos (das) estudantes como atores (as) na construção do seu conhecimento.

Durante a sistematização do Projeto realizam estudos, pesquisas, trocas e enfrentam desafios, desenvolvem a aprendizagem conceitual e procedimental.

Na prática dessas ações de maneira bastante construtiva e motivadora na forma de culminância do Projeto, retrata a participação, o envolvimento e o conhecimento atitudinal adquirido pelos (as) atores (as).

Como mostra a seguir, um Projeto em que se trabalhou com valores, diversidade social, cultural e intelectual.

Esse tipo de ação estimula a vontade de aprender para eliminar o preconceito, a timidez e a insegurança para apresentar aos (às) colegas aquilo que aprendeu.

Pode-se concluir que a escola Honório enfrenta ainda alguns desafios, porém, mínimos e que paulatinamente estão resolvendo essa problemática que envolve a participação e o envolvimento de outros fatores, além dos que estão dispostos no quadro de profissionais dessa Unidade Escolar.

Essa transformação metodológica vem ocorrendo surpreendentemente, porque os (as) profissionais compreendem a importância de se (in) formar teoricamente e também porque contam com o acompanhamento do CEFAPRO Cuiabá MT nas suas formações continuadas, bem como, na sua transposição didática.

Os (as) profissionais da escola Honório, reconhecem que a sua formação acadêmica já não é suficiente para a abertura das pedagogias que são construídas na ação cotidiana e por isso, participam de grupo de estudo na própria escola buscando sua formação continuada em estudos coletivos, trocas de experiências e auxílio dos formadores do CEFAPRO, denominado por Projeto Sala de Professor.

Assim é que se faz a diferença na educação pública. Com pessoa comprometida, responsável e que ama o que faz.

É o que eu digo sempre nas minhas falas nas escolas onde acompanho:

_ “Eu, sou apaixonada pelo que faço. Graças a Deus escolhi ser educadora. Foi uma opção minha. Porém, melhor ainda você, que não escolheu sua profissão de ser educador (a) porque, foi você o (a) escolhido para essa função, justificando-se pelo seu jeito de ser, agir e fazer... E digo mais... Faça-se importante na vida dessas crianças. Só assim, teremos um mundo melhor, uma educação de qualidade e estudantes capazes de ser, sentir e fazer.

“É isso! Quando se leva em consideração o objetivo da escola organizada em Ciclos de Formação Humana, tudo dá certo, tudo acontece, porque só o amor constrói e se trata a criança com amor, afeto e valor, elas conseguem ser, sentir e fazer”. Daí acontece à aprendizagem conceitual, procedimental e atitudinais...

Parabéns à equipe Honório Rodrigues de Arruda!!!

Formadora Elena Roque





A coordenadora Prof. Maria de Fátima e a profissional Leida em formação no CEFAPRO





“A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria”!.

Paulo Freire





Diretora Rosiney






“A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces”.

Aristóteles






“É no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade”.

Immanuel Kant



 


Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantido.

Sir Arthur Lewis






Tudo que acontece uma vez poderá nunca mais acontecer, mas tudo o que acontece duas vezes, certamente acontecera uma terceira.

Paulo Coelho



“A felicidade às vezes é uma bênção, mas geralmente é uma conquista”
Paulo Coelho



     







       



A possibilidade de realizarmos um sonho é o que torna a vida interessante.

Paulo Coelho








''O mundo está nas mãos daqueles que tem a coragem de sonhar e correr o risco de viver seus sonhos ... ''

Paulo Coelho






"As coisas mais simples da vida são as mais extraordinárias, e só os sábios conseguem vê-las."
Paulo Coelho








Quem não lê, não pensa, e quem não pensa será para sempre um servo
Paulo Francis



"O Mundo está nas mãos daqueles que tem coragem de sonhar, e correr o risco
de Viver seus SONHOS"
Paulo Coelho

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

"Há duas condições para você ser eficaz no trabalho. Uma que seja competente no que faz. Em segundo lugar, não acredito em eficácia quando se faz a coisa sem que haja uma entrega. É preciso também exigir respeito por nosso trabalho."


Paulo Freire

sexta-feira, 21 de maio de 2010


Formação Continuada Sala de Professor, transforma a prática Pedagógica da Professora Sheila

Elena Roque

Desde o ano passado (dois mil e nove) que a professora Sheila da Escola Estadual “Heroclito Leôncio Monteiro”, participa de formação pelo CEFAPRO Cuiabá / MT na área da alfabetização, se apaixonou pela alfabetização, vem transformando sua prática pedagógica.

A cada dia, utiliza metodologias que estimulam o “querer aprender” nas crianças. Que demonstram essa realidade através do seu surpreendente desempenho escolar que subiu no IBOP da escola...

Esse IBOP é um nome fictício utilizado pela formadora Elena Roque que acompanha a escola através do Projeto Sala de Professor, grupo de estudos que acontece todas as segunda – feiras no período noturno.

Nesse contexto, a média da escola Estadual Heroclito de Várzea Grande MT, tende a subir também no IDEB.

A professora Sheila, utiliza na sua metodologia, uma seqüencia didática que trabalha os cinco eixos da alfabetização de uma forma prazerosa, descontraída e significativa.

Sendo essa, uma maneira de prender a atenção das crianças, consequentemente, sua aprendizagem contextualizada.

Motivada pela formadora Elena Roque, sentiu a necessidade de divulgar seu trabalho para que nossos (as) colegas também divulguem a diferença que é capaz de fazer na vida daqueles que serão o futuro do nosso país.

Ao concluir este texto, posso então dizer, que a Professora Sheila motivada pela ampliação do seu referencial teórico, através da participação nas formações oferecidas pelo CEFAPRO Cuiabá MT, redesenhou sua prática pedagógica e está fazendo grande diferença na vida dessas crianças, na sua própria vida pessoal e profissional, na história da sua escola, de Mato Grosso, do País e até do Universo, por que não?

Considerando em sua proposta de trabalho, as dimensões psicológicas: cognitivas e afetiva; biológicas e culturais, a professora Sheila oportuniza situações de desafios por ser consciente de que está trabalhando com ser humano semelhante, isto é, pessoa pequena mas capaz de ser, sentir e fazer. O que me deixa muito satisfeita por estar fazendo parte desse mundo encantado.


Apresenta-se a seguir, algumas das suas atividades;

quarta-feira, 21 de abril de 2010

ESCOLA ORGANIZADA EM CICLOS DE FORMAÇÃO HUMANA

O que preciso saber para desenvolver uma prática satisfatória que corresponda ao sistema de ensino implantado no estado de mato grosso

                          Elena Roque De Souza Almeida.           elenaroque2@yahoo.com.br
Mas, o que é ciclo de desenvolvimento humano?

CICLO = Intervalo de tempo durante o qual se completa uma seqüência de uma sucessão regularmente recorrente de eventos ou fenômenos.

DESENVOLVIMENTO HUMANO = é o processo pelo qual o ser humano se forma enquanto ser bio – sócio - cultural, desde o momento da concepção, até a sua morte.

Portanto, a noção de desenvolvimento está atrelada a um contínuo de evolução, em que nós caminharíamos ao longo de todo o ciclo vital. Essa evolução, nem sempre linear, se dá em diversos campos da existência, tais como afetivo, cognitivo, social e motor.

Este caminhar contínuo não é determinado apenas por processos de maturação biológicos ou genéticos. O meio é fator de máxima importância no desenvolvimento humano. Por meio entenda-se algo muito amplo, que envolve cultura, sociedade, práticas e interações.

Os seres humanos nascem “mergulhados em cultura”, e é claro que esta será uma das principais influências no desenvolvimento. Embora ainda haja discordâncias teóricas entre as abordagens que serão apresentadas adiante sobre o grau de influência da maturação biológica e da aprendizagem com o meio no desenvolvimento, o contexto cultural é o palco das principais transformações e evoluções do bebê humano ao idoso.

Pela interação social, aprendemos e nos desenvolvemos, criamos novas formas de agir no mundo, ampliando nossas ferramentas de atuação neste contexto cultural complexo que nos recebeu, durante todo o ciclo vital.


Esta é uma das razões de se pensar a escola organizada em ciclos de formação humana. Levar em consideração esse estudo é favorável à aprendizagem, vejamos alguns pressupostos importantes para a compreensão do por que desse sistema de ensino, para compreendermos como se dá a aprendizagem, o que, como e para quem planejar e principalmente para sabermos lidar com situações importantes e que muitas vezes nem levamos em conta:

Segundo Ribeiro, 2005:

• Para os teóricos Ambientalistas, entre eles Skinner e Watson (do movimento behaviorista), as crianças nascem como tabulas rasas, que vão aprendendo tudo do ambiente por processos de imitação ou reforço.


• Para os teóricos Inatistas, como Chomsky, as crianças já nascem com tudo que precisam na sua estrutura biológica para se desenvolver. Nada é aprendido no ambiente, e sim apenas disparado por este.

• Para os teóricos Construticionistas, tendo como destaque Piaget, o desenvolvimento é construído a partir de uma interação entre o desenvolvimento biológico e as aquisições da criança com o meio. Temos ainda uma abordagem Sociointeracionista, de Vigostky, segundo a qual o desenvolvimento humano se dá em relação nas trocas entre parceiros sociais, através de processos de interação e mediação.



• Temos a perspectiva Evolucionista, influenciada pela teoria de Fodor, segundo a qual o desenvolvimento humano se dá no desenvolvimento das características humanas e variações individuais como produto de uma interação de mecanismos genéticos e ecológicos, envolvendo experiências únicas de cada indivíduo desde antes do nascimento.

• Ainda existe a visão de desenvolvimento Psicanalítica, em que temos como expoentes Freud, Klein, Winnicott e Erikson. Tal perspectiva procura entender o desenvolvimento humano a partir de motivações conscientes e inconscientes da criança, focando seus conflitos internos durante a infância e pelo resto do ciclo vital.

Muitas dúvidas surgem por parte dos professores que vivem se perguntando: Como lidar com o desenvolvimento natural da criança e estimulá-lo através da aprendizagem? Como esta pode ser efetuada de modo a contribuir para o desenvolvimento global da criança?

Quem responde é pesquisa realizada pelos teóricos construtivistas:

Piaget mostra, em seu estruturalismo genético, que todas as crianças passam por estágios estáveis de estruturação de pensamento em crescente complexidade psicogenética, que são:

-o estágio sensório-motor (de 0 a 2 anos aproximadamente)

-o estágio pré-operatório (de 2 a 7 anos aproximadamente)

-o estágio das operações concretas (de 7 a 9/12 anos aproximadamente)

-o estágio lógico-formal (a partir de 12 anos aproximadamente)

Piaget explica que entre um estágio e outro existe um intermediário no qual convivem, em estado de desequilíbrio, as concepções do estágio anterior ou do posterior.

A criança parte de uma posição egocêntrica - aquela em que ainda não distingue a existência de um mundo externo separado de si próprio, vai formando sua inteligência através de processos de adaptações, assimilações e acomodações, chegando a uma interação com o mundo externo, e portanto, reduzindo o egocentrismo.

Em seus estudos, Piaget partiu de uma teoria biológica sobre a construção do conhecimento humano, ou seja, da epistemologia genética.
Ele explica que é no estágio sensório-motor que inicia o desenvolvimento da inteligência na criança. Nessa fase, o conhecimento se dá pelo contato físico da criança com o objeto.

Piaget e Vigostky concordam que a inteligência humana somente se desenvolve no indivíduo em função de interações sociais. Isso quer dizer que consideram o homem geneticamente social.

Piaget procura demonstrar, em sua teoria, que a democracia é condição necessária ao desenvolvimento cognitivo e à construção da personalidade dos indivíduos.
Vigostky enfatiza, em suas obras, a importância dos processos de aprendizado. Para ele, desde o nascimento da criança o aprendizado está relacionado ao desenvolvimento e constitui-se em aspecto necessário e universal para o desenvolvimento das funções psicológicas (desenvolvimento cognitivo- pensamento) culturalmente organizada e especificamente humana. Não fosse o contato do indivíduo com certo ambiente cultural, o desenvolvimento não ocorreria.

Vigostky não chegou a formular uma concepção estruturada do desenvolvimento humano que possibilitasse interpretar a construção psicológica do indivíduo do nascimento até a idade adulta. Entretanto, oferecendo inúmeros dados de pesquisas e reflexões sobre vários aspectos do desenvolvimento dentro de uma abordagem genética.

As teorias de Piaget e de Wallon são as mais complexas e articuladas teorias genéticas do desenvolvimento psicológico de que dispomos; entretanto; entende-se por gênese o processo de construção dos fenômenos psicológicos que ocorrem ao longo do desenvolvimento humano.

Piaget, por sua vez, afirma que é o desenvolvimento progressivo das estruturas intelectuais, ou estágios de pensamento, que nos torna capazes de aprender.

No tocante á aquisição da leitura e da escrita, Vygoskty postura que só o processo de aprendizado da leitura e da escrita, desencadeado num determinado ambiente sócio-cultural onde isso seja possível, é que poderia despertar do indivíduo, ou seja, o processo de alfabetização altera o desenvolvimento das funções psicologias superior.

Vygoskty chama a atenção para o fato de que, para compreendermos adequadamente o desenvolvimento de um indivíduo, devemos considerar também seu nível de desenvolvimento “real” e “potencial”.

Caracteriza como Zona de Desenvolvimento Real a capacidade que o indivíduo já adquiriu de realizar tarefas independentemente. Esse nível caracteriza o desenvolvimento decorrente de etapas já alcançadas, já consideradas pelos indivíduos e, no caso das crianças, as funções psicológicas já consolidadas.

Na escola, isso é evidenciado nas tarefas e atividades que o aluno realiza sozinho, corretamente e sem dificuldades.

É preciso também considerar a Zona de Desenvolvimento Potencial, que é caracterizada por Vygoskty como sendo a capacidade que o indivíduo tem para desempenhar tarefas ou atividades com ajuda dos adultos ou colegas mais capazes. Esse nível de capacidade é constituído por aspectos do desenvolvimento que, num determinado momento, está em processo de realização.

São manifestadas, na escola, quando o aluno não consegue fazer sozinho, as atividades propostas, podendo executá-las com a intervenção do professor ou de um colega.

Existem tarefas que uma criança não é capaz de realizar sem que alguém lhe dê instruções, forneça pistas ou dê assistência durante a realização das mesmas. Com essa intervenção, a criança alcança resultados mais avançados do que aquele eu conseguiria se realizasse a atividade sozinha. Essa intervenção é fundamental. Na teoria de Vygoskty, para a criança aprender.

Não é qualquer indivíduo, que pode, a partir da ajuda do outro, realizar qualquer tarefa.

A partir das Zonas de Desenvolvimento Real e Potencial Vygoskty define a Zona de Desenvolvimento Proximal como “a distância” ou o caminho que o indivíduo vai percorrer para desenvolver funções que estão em processo de amadurecimento e que, com a ajuda do outro, tornar-se-ão funções consolidadas e estabelecidas no nível de desenvolvimento real. Essas funções, em processo de maturação, são chamadas por Vygoskty de “brotos” ou “flores” do desenvolvimento, em vez de “frutos”.

A psicopedagoga argentina Emília Ferreiro e seus colaboradores também realizaram estudos na tentativa de entender como se dá o processo de aquisição da língua escrita pela criança.

Para Emília Ferreiro, a aprendizagem da língua escrita é a construção de um sistema de representação. A aprendizagem, nesse enfoque converte-se na apropriação de um novo objeto de conhecimento, ou seja, em uma aprendizagem conceitual. Para ela, “alfabetizar é construir conhecimento”.

Do ponto de vista da escrita, suas pesquisas indicam que cada sujeito, nesse processo, parece refazer o caminho percorrido pela humanidade, qual seja:

Pictográfica = forma de escrita mais antiga que permitia representar só os abjetos que podiam ser desenhados: desenhos do próprio objeto para representar a palavra solicitada.

Ideográfica = consistia no uso de um simples sinal ou marca para representar uma palavra ou conceito: uso símbolos diferentes para representar palavras diferentes.

Logográfica = escrita constituída por desenhos, referentes ai nome dos objetos e não ao objeto em si.

Assim como as primeiras civilizações faziam inscrições na pedra e a “escrita” representava o próprio objeto, para Emília Ferreiro a criança associa o significante ao significado. É o que a criança nos mostra na fase icônica. Num primeiro momento da gênese. A criança acha que escrever é desenhar o abjeto, as pessoas, as coisas. Um grande passo de cada sujeito leitor e escritor no processo de apropriação do código escrito da língua materna dão-se quando surge a necessidade de diferenciar escrita de desenho e do próprio objeto, o que ocorre na fase pré-silábica e exige muito esforço da criança, muito pensar, relacionar e recriar. Para a criança, pessoas, animais e coisas grandes precisam ser nomeados por palavras grandes; é o que chamamos de realismo nominal.

Outro grande momento nessa gênese é aquele em que a criança descobre que a escrita não está relacionada ao próprio objeto, nem ao nome desse objeto, mas à fala. Tendo, aqui, já descoberto grande parte do segredo, a criança tente descobrir como isso funciona e é nesse momento que constrói a hipótese silábica - para cada emissão de voz, coloca uma marca no papel. Avançando nessa hipótese, a criança passa por um período de transição: ora escreve silabicamente, ora alfabeticamente, caracterizando, assim a hipótese silábico-alfabética. Emília Ferreiro explica que a criança avança de um patamar a outro, não abandonando a hipótese anterior, mas englobando e fazendo construções convergentes com avanço. A criança se apropria de mais um segredo do código quando descobre a relação entre fonema e grafema. Ela escreve e lê, quando compreende as leis de composição interna do sistema de escrita e sua língua materna. Nesse momento ela formula a hipótese alfabética.

Isso tudo começa quando a escrita se torna objeto de atenção da criança tendo em vista o seu ambiente cultural, quando começa a interagir com a língua escrita nos livros, revistas, jornais, quando tente compreender o mundo e vai se valendo do jogo simbólico para interpretar, operando com significantes e significados. Considerando a língua escrita um sistema de representação da língua falada, ele a constitui como um tipo de objeto-substituto, em que um significante (sinal gráfico) corresponde a outro significante (som da fala), não de forma biunívoca, e ambos referentes a um significado (pensamento elaborado). Esse processo irá se construindo pelos caminhos da formação do símbolo (imitação, jogo simbólico, desenho), caminhos esses que se identificam com o lúdico, a brincadeira, o jogo.

Emília Ferreiro demonstra em seus estudos que as crianças constroem hipóteses a respeito da escrita e da leitura do mesmo modo como de tornaram falantes de sua língua materna, podendo, portanto se tornarem leituras a produtoras de texto. As crianças se questionam sobre os “riscos”, os “sinais”, as “marcas” com as quais interagem e formulam hipóteses, colocam à prova essas hipóteses, reconstroem-nas alcançando patamares superiores cada vez mais próximos da escrita convencional. Nas pesquisas e observações de crianças nas classes de alfabetização, podemos verificar que primeiro elas formulam hipóteses de leitura, quais sejam: com poucas letras ou sílabas repetidas não formam palavras; o que está escrito abaixo de uma gravura( imagem ou desenho) é o nome dessa imagem. Essas hipóteses de leituras vão avançando, na dependência das intervenções do ambiente. A criança percorre um longo caminho que vão da diferenciação texto e imagem, passando pela etiquetagem ou hipóteses do nome, até a tentativa de conciliar sua hipótese com os indicadores, isto é, os signos já conhecidos. Nas interações com a leitura de diferentes portadores de texto, a criança vai formulando novas hipóteses: a princípio, não concebe leitura sem voz – para ler tem de falar. Portadores de texto não têm relação com o texto - em qualquer portador lê-se qualquer texto, desde que esse seja passível de leitura oral. Gradativamente, a criança avança nas suas hipóteses e chegam a conceber a leitura oral como leitura, e compreender e aceitar que os diversos portadores de texto contêm textos próprios e diferentes.

Nessa construção, a criança passa por etapas importantes consideradas muitas vezes “erradas” do ponto de vista convencional, mas “certas” para ela, porque são lógicas e, sobretudo, necessárias- “erros construtivos”.
Em relação à linguagem, a criança torna-se falante de sua língua materna, porque observa, atentamente, o que se fala à sua volta e, nessa observação, estabelece relações, busca regularidades, faz generalizações, recria sua linguagem.

Piaget demonstra bem que as estruturas da inteligência se desenvolvem na interação do sujeito com o meio que o sujeito é o construtor do seu conhecimento. Ao relacionarmos os estudos do Vygoskty, Piaget e Emília Ferreiro, podemos considerar a questão da escrita e da leitura nas classes de alfabetização, na educação infantil ou nas classes iniciais do primeiro ciclo do Ensino Fundamental como indiscutível. A criança começa a questionar acerca da escrita desde que interage com objetos de leitura pela primeira vez, a partir de suas interações com o mundo e, principalmente, desde suas primeiras construções representativas a partir do lúdico.

Nessa perspectiva, o processo ensino aprendizagem na escola será construído a partir do nível de desenvolvimento real da criança, num determinado momento, em relação a um dado conteúdo curricular a ser desenvolvido, tendo em vista os objetivos e para aquele ano escolar e para cada grupo de criança que atende. É aqui que se interpreta a organização da escola, em ciclos de formação humana, se leva em conta o ciclo vital da criança e os aspectos fundamentais que interferem no seu desenvolvimento psicológico (afetivo e cognitivo), cultural (social) e biológico (motor).

Até aqui apresentamos algumas idéias que podem ajudar o professor a influenciar positivamente na motivação de seus alunos e a melhorar os processos de aprendizagem de nossos alunos. Não há, porém, caminhos ou linhas de trabalho simples que garantam sua melhoria. É importante ter muito presente o tema, pesquisar sobre ele, refletir de forma sistemática sobre nossa prática educativa com fé em que se podem melhorar, convencidos de que os esforços e os conhecimentos teóricos não são inúteis.

Portanto, a escola organizada em ciclo de formação humana, surgiu da idéia de que, cada aluno possui sua característica própria, porém, de acordo com seu ciclo vital essas características podem se aproximar e no convívio com o seu grupo, a criança chega à aprendizagem com mais facilidade.

Com esta atual organização da escola, espera-se:

@ Envolvimento de toda a comunidade escolar;

@ Mobilização constante de toda a equipe de trabalho (direção, coordenação pedagógica, funcionários, professores e alunos);

@ Sensibilização por parte de todos os envolvidos sobre a importância da prática das dimensões psicológicas (afetiva, cognitiva) com o estudante para que tenha sucesso no ato de ler e interpretar;

@ Alcance de todos os objetivos;

@ Capacitação de professores para a realização segura do processo de ensino e aprendizagem.

@ Despertar o interesse de ler e interpretar em qualquer área do conhecimento de forma prazerosa;

@ Que os alunos desenvolvam todas as etapas previstas;

@Que os próprios alunos convoquem toda a comunidade escolar e divulguem os resultados obtidos;

@ Estímulo de todos os envolvidos para a construção de uma educação que leia e interprete a vida em todos os momentos.

@ A história da educação precisa mudar e vai mudar se todos cumprirem o seu papel com responsabilidade, porque a proposta deste sistema de ensino é ótima, cabe aos profissionais da escola, ter conhecimento dessas teorias para se obter um resultado satisfatório.





BIBLIOGRAFIA

COSTA, Maria Luiza Andreozzi. Piaget e a intervenção psicopedagógica. São Paulo, Editora Olho D’Água, 1997.

DOLLE, Jean Marie. Para compreender Jean Piaget. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan, 1991.

FERREIRA, Emília & TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua escrita. Porto Alegre, Artes Médicas, 1991.

KAMII, Constance e PEURIES, Rhita. Piaget para a educação pré-escolar. Porto Alegre, Artes Médicas, 1992.
PIAGET, Jean. A psicologia da criança. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1989.

REGO, Teresa Cristina. Vygotsky – Uma perspectiva histórica – Cultural da Educação. Petrópolis, Rio de Janeiro, Editora Vozes, 1997.

TAILLE, Yves De La e outros. Piaget, Vygotsky, Wallon, Teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo, Summus Editorial, 1992.

VYGOTSKY, L.S. Pensamento é Linguagem. 4 ed. SP. Martins Fontes, 1991. A Formação Social da Mente, SP. Martins Fontes.
Em grupos com a mesma idade as

crianças sentem mais liberdade

e estímulo para aprender.


Os adolescentes, já próprio pela idade gostam de participar

de grupos com os quais se identificam e a escola organizada

em ciclos de formação humana contribui para essa vivência

e com isso, quem ganha é o (a) estudante que se desenvolve

com bom êxuto no processo de ensino e aprendizagem.

A troca de experiências entre turmas

da mesma idade se torna mais significativa e enriquece

o conhecimento teórico prático dos (as) estudantes.