VIVÊNCIAS NO ENSINO DA
LINGUAGEM
Elena
Roque de Souza Almeida
Pesquisadora,
Alfabetizadora,
Professora Formadora do
CEFAPRO\Cuiabá
Relato de experiência desenvolvida no decorrer do ano letivo
2008
1- SÍNTESE DA EXPERIÊNCIA
Esta prática surgiu do desejo de ampliar minhas
experiências e conhecimentos adquiridos, a partir de minha prática enquanto
professora regente.
Após muitos anos de contato com uma diversidade de
cartilhas, livros didáticos, propostas de alfabetização nas mais variadas
abordagens, passei a crer na hipótese de elaborar um material que me permitisse
a conjugação dos aspectos fundamentais do processo de alfabetização às
atividades de rotina escolar (currículo) comuns à escola, ou seja, uma pasta
que possibilitasse um apoio mais efetivo para a minha prática diária.
Na busca de um aperfeiçoamento contínuo de minha prática
pedagógica, procurei juntar os conhecimentos científicos à minha criatividade e
prática, partindo do pressuposto de que as crianças se diferem entre si no
processo de aquisição da leitura e da escrita. Dessa forma, procurei dividir as
atividades de maneira a atender às necessidades de cada aluno.
Na minha proposta, as crianças são convidadas a escrever,
espontaneamente, da maneira que souberem. Assim, posso acompanhar o desenvolvimento
de cada uma, a partir da evolução da sua escrita espontânea, além da reflexão
sobre os resultados obtidos em cada aula.
Para conhecer minha turma fiz um diagnóstico que me ajudou a
reconhecer o ritmo de aprendizagem de cada um e a possibilitar os estímulos
necessários ao seu desenvolvimento.
A didática usada para desenvolver este trabalho baseou-se
em um recurso próprio criado por mim ao qual chamo de rotina de sala, porque o planejamento diário segue uma rotina,
porém com assuntos diferenciados:
Recepção; Roda (da novidade, da
conversa, da historinha, do conhecimento, da construção); Atividades a serem desenvolvidas separadas por fases da
psicogênese; Recreação direcionada; Tarefa de Casa e Despedida.
Cada uma dessas pautas com uma intenção, conforme o
objetivo da aula planejada.
2- OBJETIVOS DA EXPERIÊNCIA
2.1- GERAL:
Ampliar as condições de aprendizagem ao educando,
valorizando sua experiência de vida a se tornarem investigadores, sujeitos autoconfiantes
e capazes de resolver situações-problemas no seu cotidiano.
2.2- ESPECÍFICOS:
*Oferecer de forma prazerosa, o exercício da leitura e da
escrita com o manuseio de materiais variados, estimulando a percepção
sensorial.
*Desenvolver a sensibilidade e a capacidade de ouvir,
falar, ler e escrever letras, palavras e textos de acordo com o desenvolvimento
das atividades.
*Propor trabalhos individuais ou em grupos, pesquisas,
jogos educativos, leitura e produção de textos, considerando o conhecimento que
o aluno já possui.
*Oferecer meios para que a criança produza, reproduza,
imite, represente e participe desenvolvendo suas habilidades artísticas,
interpretando e analisando o contexto dentro de uma seqüência lógica e
histórica onde deve acontecer também a troca
de experiência e a socialização
3- DESCRIÇÕES DA EXPERIÊNCIA
As causas do fracasso escolar na alfabetização resultam de
diferentes perspectivas, cada uma tratando o assunto isolado, indiferentemente
(psicológica, linguística, pedagógica).
Ao meu ponto de vista, toda prática traz em si uma teoria
do conhecimento e é deste princípio que devemos partir para solucionar esse
problema, escolhendo uma metodologia que mais se aproxima da realidade do
grupo, começando pela Educação Infantil, que muitas vezes é vista apenas como
um lazer para as crianças.
Pensando nisso, é que elaborei um material que me
permitisse a conjugação dos aspectos fundamentais do processo de alfabetização
às atividades de rotina escolar (currículo), ou seja, uma pasta que
possibilitasse um apoio mais efetivo para a minha prática diária.
Na busca de um aperfeiçoamento contínuo de minha prática
pedagógica, procurei juntar os conhecimentos científicos à minha própria criatividade,
partindo do pressuposto de que as crianças se diferem entre si no processo de
aquisição da leitura e da escrita.
E dessa forma, dividir as atividades de maneira a atender
às necessidades de cada aluno.
No entanto, é preciso ter o apoio por parte dos gestores da
escola e eu tive total apoio na Escola Municipal de Educação Básica Tenente
Abílio de Moraes, Rua Projetada s/n, Bairro XV de Maio, Várzea-Grande, MT, onde
desenvolvi esta pesquisa e experiência.
É importante organizar a decoração da sala de aula junto
com as crianças para que possam comunicar-se manuseando textos diferenciados e
num ambiente totalmente alfabetizador, decidir a melhor disposição do
espaço-ambiente para distribuir os seguintes recursos: uma lista com o nome
delas; calendário móvel; calendário fixo para que elas “colem” dele; alfabeto
móvel; alfabeto ilustrado; crachás de mesa com o nome delas; cartaz com regras
de maneira figurada que serão discutidas pelo grupo e modificadas se preciso
for; caixa de novidade; cartazes com poesias, músicas; biblioteca da sala com
livros de histórias, poesias gibis, revistas; jornais, contas velhas de luz e
de água, bulas de remédios, receitas.
Para cada aula a preparação de uma recepção com
música e oração; roda,de acordo com o tema da aula: numa caixa
enfeitada, coloca-se um objeto ou fruta ou brinquedo,etc., e começa a instigar
a curiosidade das crianças e seu raciocínio, apresentando dicas, como por
exemplo, nesta caixa, hoje, temos um
brinquedo e é de preferência dos meninos..., se ninguém acertar, outra
dica, começa com p e termina com a...
se ninguém acertar, continua com dicas... ela
voa, tem rabo, mas não é pássaro, se ninguém acertar vai dando dicas até
que alguém acerte... para brincar com
este brinquedo o menino precisa de um fio bem longo....
Esta atividade lúdica já é uma
introdução para a aula. A qual a seguir, entramos nas atividades:
1- Oralidade:
-
Quem adivinhou o nome do brinquedo que estava na caixa de novidade?
-
Qual era o brinquedo?
-
Quem já viu uma pipa?
-
Como se brinca com uma pipa?
-
De que é feita uma pipa?
-
Quem quer contar uma história sobre pipa?
2- Artes:
-
Se alguém contar a história pede-se que vá fazendo os gestos, se não tiver
ninguém para contar a professora conta e estimula os alunos para irem
representando sua fala.
3- Escrita:
-
Vamos desenhar a pipa?
-
Gostaria que cada um escrevesse do seu jeito, a palavra pipa.
-
Com qual letra começa a palavra pipa?
-
Qual é a letra final da palavra pipa?
-
Quantas letras tem a palavra pipa?
4- Fechamento:
-
Veja a forma correta como se escreve pipa. (a professora mostra uma ficha com a
palavra pipa).
-
Vamos ler (a professora pronuncia de maneira bem clara para que percebam o
som).
-
A palavra pipa inicia com a letra “p” e termina com a letra “a”.
-
Quais palavras vocês acham que começam com a letra p? a professora vai listando
todas as palavras, mesmo aquelas que não iniciarem com a letra p, depois vai
mostrando uma a uma para que as crianças façam suas comparações, até que
percebam as semelhanças e as diferenças.
- Agora, copiem desta forma no caderno de
vocês.
-
Observem que na palavra se repete duas vezes a mesma letra. É a letra “p”, uma
vez aparece com a vogal “i” onde se lê “PI”, depois aparece com a letra “a” e se
lê “PA”.
-
Vamos ler com a letra “p” com as outras vogais? “p” com “e” “PE”, “p” com “o”
“PO”, “p” com “u” “PU”,p com ao” “PÃO”.
-
E formamos a família silábica: PA, PE, PI, PO, PU, PÃO.
5- Recreação:
- Confecciona uma pipa (sem armação, usando
apenas papel e barbante) para brincar com ela no pátio da escola.
6- Tarefa:
-Recorte
e cole no seu caderno as letras que formam a palavra pipa e vai falando nome de
cada uma.
-
Perguntar ao papai se ele já brincou com uma pipa e pedir que lhe conte a
história dele com a pipa (aproveitar tanto para desenvolver a oralidade como
para aproximar filho/a de pai)
7- Despedida:
-
criar paródia de uma música com a palavra pipa e cantar com as crianças.
-
Comentar sobre os materiais usados para confeccionar uma pipa de verdade.
-
Explicar sobre os cuidados que se deve ter ao brincar com pipa.
A próxima aula pode
iniciar com a música sobre PIPA. Faz a oração. Faz a roda do conhecimento, onde
a professora apresenta um cartaz com outras palavras que começam com p (com seus
respectivos desenhos); pode também construir um texto coletivo aproveitando os comentários
que as crianças fizerem sobre a pipa.
Explorar bem a palavra pipa em diversas situações.
De acordo com cada tema construir junto com as crianças
algo que represente a palavra-chave em estudo, podendo ser com dobraduras,
materiais usados, entre outros materiais.
Uma atividade que as crianças adoram, é descobrir o nome
dos desenhos. Peça que escolham um desenho para encontrarem seus respectivos
nomes. (material confeccionado com figuras conhecidas e letras recortadas de
embalagens).
4- CONTEXTUALIZAÇÃO:
O presente trabalho
aborda a construção do saber, enfocando dois aspectos principais: a importância
das atividades artísticas na constituição do sujeito e a gestão da aprendizagem
como construção do saber.
A escola, terreno fértil de aprendizagem, diversas,
constitui o espaço privilegiado, para as manifestações de ordem afetiva, social
e cognitiva dos sujeitos em enfrentamento do outro e da cultura.
Por meio do enfrentamento do outro, são aprendidas as
regras básicas de convivência da sociedade, indispensáveis a sobrevivência
social. Também nesta condição de enfrentamento, pela via de variadas formas de
meditação, ocorre a aquisição de instrumentos conscientes e estimulação à
aprendizagem cognitiva.
Se a escola permite o desenvolvimento de atitudes e o
acesso aos conhecimentos que torna as pessoas mais aptas a interagir no espaço
da sociedade, ela se faz, então, ferramenta indispensável para todas as
crianças, até mesmo aquelas consideradas “com dificuldades de aprendizagem”.
A orientação proposta nos Parâmetros Curriculares Nacionais
reconhece a importância da participação construídas do aluno e, ao mesmo tempo,
da intervenção do professor para aprendizagem de conteúdos que favoreçam o
desenvolvimento das capacidades necessárias á formação do individuo.
Isto me faz entender a concepção de que o ensino e
aprendizagem como um processo não se desenvolve por etapas em que a cada uma
delas o conhecimento é acabado, o que se propõe é uma visão da complexidade e
da provisioridade do conhecimento.
A criança é vista como um ser ativo que, agindo sobre os objetos
de conhecimento e sofre as influências dos mesmos ao mesmo tempo em que
interioriza vários conhecimentos a partir de sua ação.
Sabemos que, na construção do conhecimento pelo individuo,
estão presentes aspectos internos e externos a ele e que é no âmbito dessas
estruturas que o sujeito constrói o conhecimento e, portanto, aprende.
Dentro dessa perspectiva, a criança é vista como um indivíduo
que traz conhecimentos decorrentes de suas estruturas cognitivas, das suas
aprendizagens e experiências vividas, assim como também os recebe do meio
ambiente.
E é nessa interação interpsíquica (dentro de si próprio) e
inter-idéias (com o meio e com os outros) que os conhecimentos ou aprendizagens
são construídos.
Sendo assim, o individuo vai formando seu intelecto aos
poucos, interagindo com o mundo, tornando-se cada vez mais autônomo,
construindo e buscando o conhecimento dentro de seu ritmo, seu interesse, suas
necessidades e possibilidades.
O sujeito age sobre o objeto e o meio numa interação
marcada por trocas recíprocas com e entre ambos.
“A aprendizagem, ocorre dentro de um processo amplo da
Língua Portuguesa”. Esse enfoque coloca necessariamente um novo papel para o
professor, o de mediador do conhecimento.
Sendo assim, o professor pode interagir na construção do
saber, ajudando as crianças no processo de aquisição de conhecimento,
oferecendo a elas condições de ampliar sua concepção de mundo.
Para tanto, é necessário que todos os educadores dominem e
tenham conhecimento profundo das teorias que explicam a construção da
inteligência e os processos de aprendizagem para que possam realizar mudanças
significativas e eficientes na prática pedagógica e nas suas propostas
didáticas.
Toda teoria é construída num cenário cultural, nunca
por um teórico individual. A teoria é o produto de estudos de educadores
comprometidos com o seu trabalho, das suas reflexões e experiências. (Piaget, 1982)
A concepção teórica que marca este trabalho é a
construtivista sócio - interacionista, muitas vezes denominada por outros autores
de sociointeracionismo ou socioconstrutivismo.
A teoria construtivista sociointeracinista considera que o
conhecimento é construído pelo individuo, num processo contínuo e dinâmico do
saber, ao longo de sua história de vida, na interação com o meio onde vive e
com as pessoas com as quais convive: na família, no bairro, na comunidade, na
escola, etc.
Sugere-se para professores que os
textos sejam trabalhados por meio de atividades lúdicas que extrapolem a
listagem de conteúdos: dramatizações, leituras interpretativas e músicas que em
especial, prestam-se atividades de seleção de palavras para a construção de
novas rimas.
Ao cantar, desencadeamos um estado de reflexão, provocamos
sentimentos, sonhos, emoções. Uma conversa com as crianças lhes dará
oportunidade para que descrevam as imagens que criaram ao ouvir ou cantar uma
música. Todo esse trabalho de imaginação pode resultar em interessantes textos
e criações, sem forçar mecanicamente o decoreba de sílabas e palavras soltas.
O homem é um ser essencialmente social e histórico que,
na sua relação com o outro, em uma atividade
pratica comum, intermediada pela linguagem, se constitui e se desenvolve
enquanto sujeito. (Maria Tereza de Freitas,
Vygotsky & Bakhtin. São Paulo. Ática . 1994).
A música propõe a integração entre os aspectos sensíveis,
afetivos, cognitivos, bem como a interação e a comunicação social, sendo uma
das formas fundamentais para a expressão humana.
A mímica, os gestos e a dramatização representam muitas
vezes a descrição de uma situação.
Para Vygotsky (1984, p.62) o contato com outras crianças,
com adultos, com os meios de comunicação, enfim tudo o que a circunda e estima,
aumenta seu repertório e atos significativos ao mundo que a cerca e à leitura
de mundo.
De acordo com Wallon,
“A criança vive quase tanto das suas
relações humanas como da sua alimentação material.” “(...) Há uma ligação
indissolúvel, a partir de certa idade, entre o desenvolvimento psíquico do indivíduo
e o seu desenvolvimento biológico” (Wallon, 1995, pg. 206).
Emília Ferreiro (1986, p. 5) acredita que os alunos em fase de
alfabetização já tentam interpretar os diferentes portadores de textos com as
quais entram em contato e que estão comumente ao seu redor. Esses portadores de
textos devem fazer parte do universo escolar e da mesma maneira que eles fazem
parte do meio, da vida, do cotidiano de cada um.
Para Vygotsky, as ações imitativas oportuniza a criança
realizar ações que estão além de suas próprias capacidades, o que contribui
para o seu desenvolvimento.
Vygotsky afirma ainda que cada função psíquica no
desenvolvimento cultural da criança aparece duas vezes: primeiro no social,
como categoria interpsicológica; e depois, no interior da criança, como
categoria intrapsicológica (interna). Por isso, explica que a brincadeira é um
domínio de atividade infantil que tem claras relações com o seu
desenvolvimento, pois a criança é capaz de agir num mundo imaginário, no qual o
significado é estabelecido pela brincadeira e não pelos elementos mais
concretamente presentes.
Os estudos de Piaget e Vygotsky levam-me a refletir sobre o
significado da ludicidade.
A ludicidade, não se prende a uma forma específica
(jogo), nem a um objeto específico (brinquedo). Ela é uma interação subjetiva
com o mundo e com as pessoas – a socialização de informações e da própria
ludicidade. Por isso, é importante que as atividades lúdicas invadam as
práticas docentes na sala de aula, aproveitando todos os momentos para proporcionar
aos alunos o acesso ao desenvolvimento e ao conhecimento, porque ler e escrever
são ações decorrentes da função simbólica” (Vygotsky, 1989, p83).
Para Piaget, a criança constrói a inteligência através de
sua ação. A intervenção do professor encontra-se no centro da relação
sujeito-objeto.
Para Magda Soares, acriança precisa codificar e
decodificar a leitura. Isto é, ler e interpretar o que leu. Por exemplo, Ela
precisa sabe que está escrito “O boi baba”, mas também precisa compreender por
que o boi baba.
Na explicação de Magda Soares, ela mostra que a criança
tem que ir além da conceituação. Por exemplo, além de saber que “O rio é uma
quantidade de água que corre entre terra”, precisa saber sobre sua nascente,
para que serve como conservar e preservá-lo.
"(...) uma teoria
coerente da alfabetização deverá basear-se num conceito desse processo
suficientemente abrangente para incluir a abordagem "mecânica"do ler/
escrever; o enfoque da língua escrita como um meio de expressão/ compreensão,
com especificidade e autonomia em relação à língua oral; e, ainda, os
determinantes sociais das funções e fins da aprendizagem da língua
escrita."(SOARES,Magda 2003).
Freire (1978, p. 39) também se mostra favorável de que
aprender ler e escrever, não deve ser uma manipulação mecânica das palavras,
mas uma relação dinâmica que vincula linguagem e realidade.
Portanto, se a intervenção é uma relação mediadora entre o
sujeito e o objeto na construção do conhecimento, da inteligência e esse
mediador é o professor, cabe a nós, ampliar os nossos conhecimentos teóricos
para por em prática, ações que concretizem a construção do saber que só serão possíveis
com realização de estudos. E como se afirma neste trabalho, estudar as teorias
de Piaget, Vygotsky, Wallon, Emília Ferreiro e Magda Soares, fundamentará a
prática pedagógica para uma aprendizagem significativa.
5- JUSTIFICATIVA
Pensando em contribuir com a diminuição do fracasso escolar
na alfabetização, é que criei esta forma de alfabetizar, reunindo recursos para
trabalhar de maneira lúdica, construtiva e inovadora, planejando atividades de
acordo com as necessidades de cada aluno, experimentando novas formas de propor
atividades, fugindo do tradicionalismo, oportunizando o diálogo e a troca de
experiências em que a criança pudesse esclarecer suas dúvidas, criar suas
hipóteses, sentir-se sujeito no processo, incentivando, com isso, a participação
espontânea e construir seus próprios conhecimentos.
Percebe-se visivelmente o sucesso no desenvolvimento
afetivo, emocional e cognitivo das crianças da Educação Infantil, de cinco anos
de idade, que já no início do terceiro bimestre encontram-se no nível silábico
e alfabético. Isto é, alguns lêem bem qualquer coisa, outros ainda apresentam poucas
dificuldades em reconhecer algumas palavras com sílabas complexas.
Avaliação deve
ser contínua, respeitando e valorizando toda e qualquer produção do aluno,
buscando a garantia de melhorar a relação social, elevar a auto-estima e assim,
conquistar seu sucesso escolar.
9- CONCLUSÃO
Este é o trabalho desenvolvido no ano letivo 2008 com a
turma da Educação Infantil, de cinco anos da Escola Municipal de Educação Básica
Tenente Abílio de Moraes. O qual me tornou possível promover diferentes
situações de escrita e de leitura eminentemente construtiva.
Portanto,
observou-se que a criança aprende a partir de uma necessidade lógica
experimentada por ela mesma, começando assim, perceber, discriminar e descrever
os sons da língua, ou seja, tenta escrever as palavras de maneira fiel à sua
pronúncia, tornando não só escritoras, mas também leitoras de mundo, elevando
com isso, sua autoestima.
8- Referências
FERREIRO, Emilia e TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua
Escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986.
FREIRE, Paulo. Cartas a Guiné-Bissau: registros de uma
experiência em processo. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1978.
PIAGET, Jean. O nascimento da inteligência na
criança. 4. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.
SOARES,
M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte:
Autêntica, 1998b.
Soares,
M. Alfabetização e Letramento, Caminhos e Descaminhos. .Pátio, 29, 2004, p. 19-22.
VYGOTSKY, LEV S. A
formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 3ª.ed.
São Paulo: Martins Fontes, 1989. 168p. (Coleção Psicologia e Pedagogia.
Nova Série).
WALLON, Henri. A
evolução psicológica da criança. Lisboa, Portugal: Edições 70, 1995.