domingo, 28 de outubro de 2012


O DISCURSO DOS PROFESSORES SOBRE A FORMAÇÃO CONTINUADA: SALA DO EDUCADOR

Flávia Patrícia

Lindinalva de Oliveira Rodrigues

Zuleica Alves Barrito

 

 

RESUMO: Este artigo tem a pretensão de apresentar a importância que a formação continuada, Sala do Educador, tem para os professores da Escola Gonçalo Botelho de Campos, justamente por acontecer na própria escola e apenas com os profissionais da mesma. Facilitando com isso, a escolha dos temas a serem desenvolvidos, o planejamento de ações e a avaliação qualitativa do trabalho que está sendo realizado em favor do ensino aprendizagem. Quando se refere à formação continuada, são enfatizados os seguintes aspectos do profissional: a formação, a profissão, a avaliação e as competências que cabem ao profissional. O educador que está sempre em busca de uma formação contínua, bem como a evolução de suas competências tende a ampliar o seu campo de trabalho. Segundo o estudioso Philippe Perrenoud, a formação profissional contínua se organiza em determinadas áreas prioritárias. Dentre elas estão às competências básicas que cabem ao educador. Refere - se como áreas de competências, devido cada uma delas abordar várias competências. Para melhor situarmos o leitor, faremos primeiramente uma discussão sobre o que é Formação Continuada, e a respeito da questão discursiva. Após, analisaremos o professor sujeito da e na Formação Continuada, numa das questões apontadas pelas professoras entrevistadas. Concluindo, as considerações finais apontam alguns limites e possibilidades deste espaço de construção pessoal e profissional. No presente trabalho, procuramos na “voz” das professoras, no diálogo com autores que abordam a linguagem  na perspectiva histórico-social, refletir sobre essa formação.




1. Conceito de Formação Continuada

Dentro do contexto educacional contemporâneo, a formação continuada é saída possível para a melhoria da qualidade do ensino, por isso o profissional consciente deve saber que sua formação não termina na Universidade. Formar (ou reformar) o formador para a modernidade através de uma formação continuada proporcionará ao mesmo tempo independência profissional com autonomia para decidir sobre o seu trabalho e suas necessidades.
Nesta perspectiva é que a Secretaria Estadual de Educação e Cultura de Mato Grosso, desde 2003, implantou a Formação Continuada Sala Do Professor, que teve início com os estudos dos Parâmetros Curriculares e atualmente, os profissionais da educação têm garantido, no calendário data específica para a formação do profissional da educação Sala do Educador, e este é um direito que lhes foi assegurado , que aconteça na própria escoa, no seu horário de trabalho, podendo contar como horas atividades e pontos a mais na atribuição de aulas.

Segundo, (NÓVOA 1991, FREIRE 1991 e MELLO 1994) a formação contínua é saída possível para a melhoria da qualidade do ensino, dentro do contexto educacional contemporâneo. Nova o bastante para não dispor ainda de mais teorias nutrientes, provavelmente, ainda em gestação. É uma tentativa de resgatar a figura do mestre, tão carente do respeito devido a sua profissão, tão desgastada em nossos dias. E como afirma Paulo Freire, “ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão da prática”. (FREIRE, 1991: 58). Para Nóvoa, formação permanente é uma conquista da maturidade, da consciência do ser. Quando a reflexão permear a prática, docente e de vida, a formação continuada será exigência “sine qua non” para que o homem se mantenha vivo, energizado, atuante no seu espaço histórico, crescendo no saber e na responsabilidade.
A modernidade exige mudanças, adaptações, atualização e aperfeiçoamento. Quem não se atualiza fica para trás. A qualidade total, a parceria, a globalização, a informática, toda a tecnologia moderna é um desafio a quem se formou há alguns anos. A concepção moderna de educador exige “uma sólida formação científica, técnica e política, viabilizadora de uma prática pedagógica crítica e consciente da necessidade de mudanças na sociedade brasileira” (BRZEZINSKI, in Em Aberto, 1992:83).
O profissional consciente sabe que sua formação não termina na Universidade. Esta lhe aponta caminhos, fornece conceitos e ideias, a matéria-prima de sua especialidade. O resto é por sua conta. Muitos professores, mesmo tendo sido assíduos, estudiosos e brilhantes, tiveram de aprender na prática, estudando, pesquisando, observando, errando muitas vezes, até chegarem ao profissional competente que hoje são.
A Universidade não é o que deveria ser: um centro de criação do conhecimento, de pesquisa e questionamento. O universitário continua passivo, esperando o “ponto” do professor, memorizando e repetindo na prova, que decide a sua aprovação. VASCONCELLOS (1995:19) confirma:
Formação deficitária; dificuldade em articular teoria e prática: a teoria de que dispõe, de modo geral, é abstrata, desvinculada da prática e, por sua vez a abordagem que faz da prática é superficial, imediatista não crítica.
A Universidade também não é nacional nem universal. Não se comunica com a sociedade, não conhece o mundo empresarial e do trabalho, não contribui nem aproveita contribuições de outros setores. Não é universal: desconhece ou não aproveita a evolução e mudanças do mundo da ciência e da tecnologia. Está isolada, repetindo um currículo defasado, inócuo, desinteressante e fechado.
O professor, nela formado, deve ter bastante inteligência, tempo e decisão para superar essas deficiências. Por si mesmo, deve procurar atualizar-se, embasar-se teoricamente, observar a prática, tirar lições e melhorar seu desempenho.
Um professor destituído de pesquisa, incapaz de elaboração própria é figura ultrapassada, uma espécie de sobra que reproduz sobras. Uma instituição universitária que não sinaliza, desenha e provoca o futuro encalhou no passado (DEMO, 1994:27).
O que se percebe é que o professor repete o mesmo currículo de seus antecessores e, assim, a escola continua parada no tempo com alunos indisciplinados e desmotivados, passando conhecimentos que em nada servem para a vida social, profissional e pessoal.
Convidamos aos professores desta Unidade Escolar a uma breve reflexão: que deve fazer o professor consciente e comprometido com seu trabalho? Acreditamos que investir em sua formação, continuá-la para não se frustrar profissionalmente, para poder exigir respeito.
Sabemos que o dia, muitas vezes cheio e estafante não reserva tempo para a leitura, o estudo, a preparação de aula. Os cursos propostos, geralmente aos sábados ou em horários impossíveis, não atraem o professor que, ao menos, nos fins de semana, quer ficar com a família e muitas vezes com os cadernos e provas para corrigir.
Entretanto, “o profissional do futuro (e o futuro já começou) terá como principal tarefa aprender. Sim, pois, para executar tarefas repetitivas existirão os computadores e os robôs. Ao homem competirá ser criativo, imaginativo e inovador” (SEABRA, 1994:78).
Diante desse quadro, não é utopia desejar uma escola de ensino fundamental e médio com equidade, que ofereça bom ensino, que prepare para os desafios da modernidade?
O professor sai da universidade apenas com um diploma. Não está preparado para ensinar, não domina o conteúdo, não conhece metodologias eficazes, falta-lhe estímulo para enfrentar uma classe agitada, indisciplinada, apática e passiva. Os estudos da Formação Continuada têm como objetivo proporcionar momentos para a reflexão da prática pedagógica, embasar o professor teoricamente para que este reflita sobre a sua prática, o que mudar, como mudar?
O Projeto Sala do Educador tem proporcionado melhorias, pois, em nossa escola já incluímos em nossa prática, a tecnologia: TV, vídeo, computador e internet, coisas que antes não considerávamos instrumentos de ensino.
Contudo, apesar dessas melhorias e muitas dessas conquistas do professorado, a escola não avançou o desejável, o nível de ensino continua precário, a desmotivação de alguns professores e alunos atinge um grau significativo.
É necessário que o professor tenha o perfil de um inovador e ALONSO (1994:6) desenha o perfil do novo profissional:
Torna-se um profissional efetivo, em contraposição ao tarefeiro ou funcionário burocrático; Esse profissional terá que ser visto como alguém que não está pronto, acabado, mas em constante formação; Um profissional independente com autonomia para decidir sobre o seu trabalho e suas necessidades; Alguém que está sempre em busca de novas respostas, novos encaminhamentos para seu trabalho e não simplesmente um cumpridor de tarefas e executor mecânico de ordens superiores e, finalmente, alguém que tem seus olhos para o futuro e não para o passado.
Como formar (ou reformar) o formador para a modernidade? Através de uma formação continuada, que, além de reforçar ou proporcionar os fundamentos e conhecimentos de sua disciplina, o mantenha constantemente a par dos progressos, inovações e exigências dos tempos modernos.
ESTEVES (1993:66) aponta algumas características da formação continuada:
Uma ruptura com o individualismo pedagógico, ou seja, em que o trabalho e a reflexão em equipe se tornam necessários; uma análise científica da prática, permitindo desenvolver, com uma formação de nível elevado, um estatuto profissional; um profissionalismo aberto, isto é, em que o ato de ensino é precedido de uma pesquisa de informações e de um diálogo entre os parceiros interessados.
Segundo Nóvoa, mesmo supondo que o professor tenha recebido adequada formação, a atualização é uma exigência da modernidade. Tabus caem, métodos são questionados, conceitos são substituídos, o mundo da ciência, do trabalho, da política, da empresa caminha velozmente para mudanças de padrões e exigências. Se o diploma abre as portas do mercado de trabalho, não garante a permanência nele. Os medíocres, serão preteridos pelos melhores classificados.

Para ESTEVES (1993:98), a formação continuada exige profissionais “conhecedores da realidade da escola, capazes de trabalhar em equipe e de proporcionar meios para a troca de experiências, dotados de atitudes próprias de profissionais cujo trabalho implica a relação com o outro...”.
Ainda, segundo NÓVOA (1992:27), “importa valorizar paradigmas de formação que promovam a preparação de professores reflexivos, que assumam a responsabilidade do seu próprio desenvolvimento profissional e que participem como protagonista na implementação das políticas educativas”.
Já para MASETTO (1994:96), o conhecimento não está acabado; exploração de “seu” saber provindo da experiência através da pesquisa e reflexão sobre a mesma; domínio de área específica e percepção do lugar desse conhecimento específico num ambiente mais geral; superação da fragmentação do conhecimento em direção ao holismo, ao inter-relacionamento dos saberes, a interdisciplinaridade; identificação, exploração e respeito aos novos espaços de conhecimento (telemática); domínio, valorização e uso dos novos recursos de acesso ao conhecimento (informática); abertura para uma formação continuada.
Se a escola não começar a melhorar hoje, amanhã ela continuará a ser o que é. O hoje significa o ensino fundamental. Se nossas crianças não forem alfabetizadas adequadamente, não aprenderem a ler o livro e o mundo, a questionar, criar, participar, exigir; se os métodos não se tornarem ativos, se o conteúdo não se tornar significativo, de nada adianta falar em reforma ou melhoria de ensino em outros níveis. A base é que está viciada e precária. Estamos alfabetizando como há cinquenta anos: repetindo lições, copiando a cartilha, falando uma linguagem incompreensível.
Enquanto isso a criança se agita ou fica quieta. Não fala, só ouve: não pensa, só imita; não constrói, recebe pronto. Se não se investir aqui, no começo, na base, tornando a escola um espaço alegre de criação, descoberta, vivência e solidariedade, trabalho conjunto em que o professor não é o mestre, mas o coordenador e organizador do trabalho, membro de uma equipe de pesquisa e estudo..., a escola continuará na UTI.
É esse o desafio para os professores: reformar desde as bases a escola e prepará-la para a modernidade. Por quê? Porque como nos explicita NÓVOA (1991:29)
Grande parte do potencial cultural (e mesmo técnico e científico) das sociedades contemporâneas está concentrada nas escolas. Não podemos continuar a desprezá-lo e a menorizar as capacidades de desenvolvimento dos professores. O projeto de uma autonomia profissional, exigente e responsável, pode recriar a profissão professor e preparar um novo ciclo na história das escolas e dos seus atores. (NÓVOA, 1991:29).

2. A Fala das professoras
Falando de Formação Continuada, as professoras para se sentirem sujeitos dessa formação, apontaram diversas questões, entre elas: A relação entre teoria e prática, a interação, a necessidade de espaço para discussão após os eventos e o reconhecimento da história profissional dos educadores, como essenciais na Formação Continuada. Abordaremos somente relação teoria prática dialogando com autores na perspectiva da linguagem como construção histórico-social.
O primeiro aspecto da Formação Continuada, considerado importante na percepção do professor é em relação à teoria que está sendo discutidas nas palestras, oficinas e cursos e a sua ação pedagógica. As professoras questionam a contribuição dessa para a sua prática escolar como diz uma professora: "entender o que vai agora fechar com a prática que a gente está fazendo dentro da nossa escola". Isso também é expresso na fala de outra professora: "É, em momento algum a formação permitiu dar conta do dito aluno que não está lendo e não está escrevendo [...] não se permitiu sequer levantar isso daí". As ideias expressam o real, e a mediação é feita fundamentalmente pela linguagem (Vygotsky, 1994).
As falas dos professores muitas vezes assumem o discurso da ideologia dominante, onde a imagem do profissional da educação é denegrida, culpando-os exclusivamente pela situação atual da educação escolar pública. Costa (1995) nos diz:

                                      "Tudo indica que o profissionalismo não é um conceito inocente e politicamente descomprometido. Ele está profundamente implicado na cultura do trabalho docente e nos interesses particulares embutidos nas gestões da sociedade, e tem se sustentado por um discurso forte, legitimado por grupos de elite" (p. 17).

     O discurso ideológico da “culpa por não saber” é assumido quando a  professora entrevistada, coloca: "Para a gente falta muita leitura. A gente as vezes fala: Teoria, teoria! Mas é que a gente acaba tendo a prática e teoria nenhuma" . E o que fundamenta essa prática? Não são as teorias a base para as concepções que direcionam o trabalho em sala de aula?
     Os professores percebem claramente a necessidade de uma base teórica para entender o que é discutido na Formação Continuada. Isso é também expresso na fala quando dizem: "Como a gente precisa estudar mais! Ler mais [...]para saber como é o outro lado. O desejo de compreender o que estava sendo dito, se expressa na manifestação de outra professora: "Me senti muitas vezes perdida, por querer, por ter necessidade de compreender. Mas chegava lá, essas palavras...quebravam aquilo que eu estava compreendendo". A necessidade da reflexão crítica sobre o que e como o discurso teórico contribui para a prática pedagógica do professor, faz com que este sinta a necessidade de mudar, de buscar mais subsídios teóricos.
     Como parte constitutiva do processo da formação, os professores tentam também buscar alternativas procurando entender o significado, do novo ou do que é dito de outra forma:" De eu procurar no dicionário e não descobrir o significado...É, alguma coisa eu desisti, outras eu associava, imaginava o que era aquilo". Bakhtin define a busca da significação da palavra como signo , e que “sem deixar de fazer parte da realidade material, passa a refletir e a refratar, numa certa medida, uma outra realidade” (1992, p. 31). Esses signos são produzidos culturalmente através do pensamento e são construídos na e através da linguagem, que não está pronta e acabada, mas se constitui pela ação e pelo uso que os sujeitos fazem dela.


3. Considerações finais

A formação continuada Sala do Educador já mudou muito a prática da escola Gonçalo Botelho de Campos e apesar das competências e facilidades que a SEDUC oferece com esse curso, alguns professores ainda não se percebem sujeitos e demonstram na fala a angústia, quando não consegue estabelecer a relação entre a prática e a teoria. Sentem um descompasso entre o que falam os palestrantes (teoria) e a realidade da sala de aula (prática). A fragilidade teórica, que deveria na Formação Continuada ter uma atenção especial, faz com que alguns professores se sintam culpados por não estarem entendendo o que está sendo dito e outros percebem as dificuldades em compreenderem o que está sendo discutido. São diferentes dificuldades experimentadas na quebra do diálogo, que ocorre nos eventos da Formação Continuada. Isto é fruto de um referencial teórico frágil e da mistura de diferentes correntes teóricas, colocadas para os professores sem a preocupação de confrontá-las, como coloca a professora:
O que os professores percebem sobre a Formação Continuada, deve ser considerado criticamente pelas autoridades quando planejam e organizam a formação. Sobre o que e como está sendo proposta e organizada para os docentes a Formação Continuada. Pois como coloca Eduardo Galeano: "Quando está realmente viva, a memória não contempla a história, mas convida a fazê-la" (1999, p. 261).

Referências Bibliográficas

ALONSO, Myrtes. Uma tentativa de redefinição do trabalho docente. São Paulo: 1994(mimeo).
BRZEZINSKI, Ria. Notas sobre o currículo na formação de professores: teoria e prática. UNB, 1994.
DEMO, Educação e Qualidade. Campinas, SP: Papirus, 1994.
FREIRE, Madalena. A Formação Permanente. In: Freire, Paulo: Trabalho, Comentário, Reflexão. Petrópolis, RJ: Vozes, 1991.
MASETTO, Marcos Tarciso. Pós-Graduação e formação de Professores para o 3° Grau. São Paulo: 1994 (mimeo).
MELLO, Guiomar Namo de. Cidadania e competividade - desafios educacionais do terceiro milênio. São Paulo: Cortez, 1994.
NÓVOA, António. (org.). Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992.
_______. Profissão Professor. Portugal: Porto Editora, 1991.
RODRIGUES, Angela & ESTEVES, Manuela. A análise das necessidades na formação de professores. Porto Editora, 1993.
SEABRA, Carlos. Uma Educação para uma nova era. In: Tecnologia e Sociedade. A revolução tecnológica e os novos paradigmas da Sociedade. Belo Horizonte: Oficina de Livros, 1994.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Para onde vai o Professor? Resgate do Professor como Sujeito de Transformação. São Paulo: Libertad, 1995. (Coleção Subsídios Pedagógicos do Libertad; v. l).
LA TAILLE,Yves, OLIVEIRA, Marta K., DANTAS, Heloisa. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em educação. São Paulo: Summus, 1992.
LURIA, Alexander R., LEONTIEV, Alexis N., VYGOTSKY, Lev S. Psicologia e pedagogia. São Paulo: Moraes, 1991.
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SMOLKA, Ana L. B., GOES, M. C. R. (Orgs.). A linguagem e o outro no espaço escolar. Vygotsky e a construção do conhecimento. Campinas: Papirus, 1993.

VYGOTSKY, Lev S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987.

Revista Nova Escola - Edição Nº 161 - Abril de 2003.